A paralisação é para que seja trocado o gerador de vapor da unidade . A previsão que a usina volte a funcionar em junho


A usina nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis, saiu de operação neste sábado (24), para troca dos geradores de vapor, em uma parada previamente programada pela Eletronuclear. A previsão é que a usina retorne ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no dia 6 de junho.

O processo de redução de potência da usina nuclear foi iniciado nesta terça-feira (20) e testes pré-desligamento são realizados pela empresa que administra a central nuclear. Trabalharão durante este período, equipes da Eletronuclear e funcionários temporários, de firmas nacionais e estrangeiras.
Durante a fase crítica do projeto, até 2.000 trabalhadores estarão envolvidos na realização das atividades planejadas para o período. Além da troca dos geradores de vapor, a Usina será reabastecida e serão realizadas manutenções diversas, como: revisão das turbinas de baixa pressão; troca do motor da bomba 2 de refrigerante do reator; revisão do regulador de tensão do gerador elétrico; revisão dos geradores diesel de emergência e revisão de diversas válvulas de água e vapor ligadas aos geradores de vapor.
A decisão de trocar os atuais geradores de Angra 1 foi tomada pela Eletronuclear, após a constatação de que uma liga metálica utilizada nos tubos dos equipamentos, poderia se desgastar pela corrosão. Materiais mais resistentes, não susceptíveis à corrosão sob tensão, foram utilizados na fabricação dos novos geradores. Na parte interna, foram soldados 5.428 tubos em U de liga de níquel (inconel 690), por onde circula a água proveniente do reator nuclear.
O mesmo problema também foi encontrado em outras usinas nucleares no mundo que contam com o tipo de gerador de vapor utilizado.
A instalação dos novos equipamentos levará mais de quatro meses de trabalho ininterrupto, dos quais cerca de 90 dias estão reservados para as atividades de substituição dos geradores. Com a Usina desligada, será feita uma abertura provisória na parede do edifício do reator, por onde sairão os antigos GVs e entrarão os novos. Dispositivos especiais serão utilizados para o içamento e transporte desses equipamentos.
O valor total do investimento foi de R$ 730 milhões, englobando aquisição, análise de segurança, licenciamento, substituição e armazenamento. Os recursos foram provenientes da Eletrobrás, garantidos por contratos de financiamento.

24/01/2009

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